Produzindo o que o mundo quer consumir

Publicado por Ana Lacerda em

O Brasil, por ser um país com potencial agrícola extremamente relevante a nível mundial, tem buscado cada vez mais integrar às suas demandas, soluções ambientais, sociais e econômicas.

Progressivamente, observamos que os negócios em geral têm se moldado a agenda sustentável. A comercialização de muitos produtos, por exemplo, já está condicionada a legalidade ambiental da fonte produtora. A inovação e a sustentabilidade são marcos que, gradativamente, incorporam empreendimentos modelo.

Com os novos rumos econômicos experimentados no mundo e o crescimento exponencial da exportação, Mato Grosso precisa tomar fôlego e reduzir as desigualdades para continuar crescendo, porém, o mundo também precisa saber que o Estado está em constante evolução e vem sendo vitrine por ter produtores/empreendedores rurais que lucram com a união de sustentabilidade e produção.

Entender o desenvolvimento sustentável é entender que existem muitas dimensões e que esse não pode ser reduzido ao mero crescimento econômico ou à intocabilidade do meio ambiente.

O desafio de alimentar o planeta leva o homem a uma utilização cada vez maior do meio ambiente e o consumidor do século XXI exige um bom produto, por um bom preço e que respeite o meio ambiente, esse é e sempre foi o desafio.

“Produtor, sociedade e Estado devem ser engajados pelo progresso, pela preservação, pela produtividade, por um mundo mais justo e sem fome. Porque o mundo quer e precisa produzir e consumir em equilíbrio”

Com isso, os critérios socioambientais ganham mais e mais voz; e com o esforço para conciliar produção e preservação, o uso de novas tecnologias é imprescindível para a produtividade no campo.

É importante ponderar que a pauta da sustentabilidade será inócua se não houver o tríplice engajamento entre a sociedade, o Estado e o agronegócio. A exemplo disso, vejamos uma (dentre tantas) falha quanto às políticas de Estado em uma potência como Mato Grosso.

Segundo dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária – IMEA, em um estudo de competitividade realizado em 2018, Mato Grosso é o estado com o maior custo de frete, comparado à logística de competitividade para exportação.

Com uma simples menção, é possível questionar, como chegar ao equilíbrio entre produtividade e sustentabilidade para entregar o que os consumidores atuais buscam.

As tendências e perspectivas para o agro brasileiro são bastante promissoras e positivas, principalmente para Mato Grosso. Variam desde a intensificação de conversão de pastagens em agricultura, o aumento das florestas plantadas, intensificação do uso do solo por meio da Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), a implementação de mais Usinas de etanol de milho, entre outras. Porém, por mais que a estratégia seja a intensificação sustentável aliada à produção, a agenda também precisa ser voltada a melhoria contínua entre as negociações para incentivos tanto fiscais, como ambientais.

O produtor/empreendedor precisa ter um negócio seguro e rentável para seguir com esse sistema de produção voltado para a “pró-modernização/pró-preservação”. O processo para o desenvolvimento sustentável precisa de reequilíbrio, uma vez que o agro vem assumindo o seu papel com soluções eficientes; esperamos que o Estado também o faça, garantindo a segurança jurídica, trazendo mais eficiência e celeridade aos processos e desburocratizando os acessos. É fundamental deixar para trás a suposta contrariedade de lados.

Produtor, sociedade e Estado devem ser engajados pelo progresso, pela preservação, pela produtividade, por um mundo mais justo e sem fome. Porque o mundo quer e precisa produzir e consumir em equilíbrio.

Fonte: rdnews.com.br

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