Expectativas para 2021

Publicado por Ana Lacerda em

Se teve uma coisa que o ano de 2020 deixou bastante evidenciada, é que o inesperado também faz parte de nossas vidas. Mas, também mostrou que é preciso gestão, planejamento e antever cenários, quando possível, para lidar melhor com eles.

Se estivéssemos no cinema, esta seria a hora do filme em que esperaríamos a virada de mesa, afinal de contas, a angústia e o suspense já marcaram presença demais. E é realmente assim que um dos vislumbres pode acontecer.

A primeira mudança que realmente fará alguma diferença palpável no decorrer desta fase de nossa história é a imunização da população. Caso contrário, trata-se apenas de seguir o fluxo do tempo. Em relação às vacinas disponíveis, tanto a elaborada pela Fiocruz ou a Coronavac, do Instituto Butantã, possivelmente começam a ser aplicadas na população em meados de março, todavia, não se tem um plano para a vacinação em massa e deve ser projetado um plano de priorização. São muitos os desafios de logística e produção, mas estamos muito perto desse momento. Vale lembrar que ainda não chegamos nele, portanto, as medidas de proteção ainda precisam ser levadas a sério.

Com a imunização, as atividades em geral devem ser retomadas, o mercado de empregos deve esquentar e a reversão da crise deve chegar a passos largos, a exemplo do que houve em 2008, com os estímulos econômicos de governos e Bancos Centrais. É desejável que o Poder Público trabalhe no sentido de fortalecer a economia e favorecer aqueles que pretendem investir e se desenvolver.

Segundo o site de investidores XP, permanece o ambiente de juros baixos, a inflação ancorada, a pressão do mercado por novas reformas e prudência no âmbito fiscal, o que deve ajudar na retomada financeira nacional. 

“Com a imunização, as atividades em geral devem ser retomadas, o mercado de empregos deve esquentar e a reversão da crise deve chegar a passos largos, a exemplo do que houve em 2008, com os estímulos econômicos de governos e Bancos Centrais. É desejável que o Poder Público trabalhe no sentido de fortalecer a economia e favorecer aqueles que pretendem investir e se desenvolver.”

Insta salientar também que se findam programas de transferência de renda, porém há indícios fortes de recuperação do mercado de trabalho. Consoante o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED e a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD, há uma intensa criação líquida de postos de trabalho, que abrange formais e informais.

Quanto ao setor da agricultura, o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer 3,2% em 2021, segundo projeção divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com destaque para milho e soja. Na pecuária, a projeção é de recuperação para todos os segmentos (bovinos, frango, suínos, leite e ovos), conforme dados do mesmo Instituto.

O setor imobiliário, ao contrário do esperado, esteve em franco crescimento em 2020, e deve se manter em 2021. Pelo que parece, ficar em casa realmente mudou de significado; e aqueles que puderam, investiram em conforto nessa área, mantendo o mercado em ascensão.

A educação é outra questão delicada, não se sabe ao certo como e quando serão retomadas as aulas. Tudo fica suspenso enquanto não se tem mais certeza sobre a imunização. A pandemia escancarou as desigualdades e muitos estudantes não tiveram acesso às aulas durante esse período. Restou clara a necessidade de investimento, da aplicação mais organizada de tecnologias.

Os segmentos de turismo e eventos devem ser os últimos a conseguirem se reerguer totalmente. O ministro Paulo Guedes se pronunciou sobre o que se espera para o ano já corrente: “O grande desafio à frente é transformar essa recuperação cíclica em uma retomada do crescimento sustentável. Ou seja, transformar essa onda de consumo que tirou o Brasil do fundo do poço através de ferramentas monetárias e fiscais que utilizamos esse ano para uma onda de investimentos”, afirmou.

Estamos esperançosos com a fala do ministro. Ela confirma o que se espera do governo para 2021, um posicionamento favorável à produção; às parcerias público-privadas; por fim, um Poder Público que trabalhe realmente a favor do bem-estar da população em todas as esferas.

Fonte: rdnews.com.br

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